Mitos e Verdades sobre a Epilepsia

Fabio Nunes • 8 de fevereiro de 2023

A nova estação do ano é um ótimo momento para fazer e cumprir resoluções. Seja para se alimentar melhor ou organizar a casa, veja algumas dicas para fazer e cumprir suas resoluções.

As crises epilépticas são geradas por uma atividade anormal, excessiva dos neurônios do cérebro, provocando sinais e sintomas clínicos muito variados, dependendo da região cerebral afetada (abalos motores dos membros ou sensação de odor desagradável, para exemplificar).
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👉🏻 Para esclarecer algumas dúvidas sobre a epilepsia separei os principais mitos e verdades que circulam sobre elas.
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👩🏻‍⚕️ Toda convulsão (fenômeno motor) ou crise não convulsiva (fenômeno não motor como a sensação de cheiro desagradável) é sinal de epilepsia?
❌ Mito. É importante saber que a a epilepsia é uma tendência a ter crises convulsivas e/ou não convulsivas repetidamente. Assim, para que a epilepsia seja diagnosticada, é necessário que o paciente apresente duas ou mais crises.
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👩🏻‍⚕️ Durante a crise a pessoa pode permanecer consciente?
✅ Verdade. É possível que a pessoa permaneça total ou parcialmente consciente durante uma crise epiléptica. Isso ocorre quando as descargas cerebrais anormais ficam restritas a uma determinada área do cérebro. As crises nas quais a consciência está preservada totalmente são chamadas de crises perceptivas e as crises nas quais a consciência é afetada são denominadas crises disperceptivas.
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👩🏻‍⚕️ As crises epilépticas ocorrem apenas em determinadas faixas etárias.
❌ Mito. As crises epilépticas podem iniciar em qualquer idade, desde recém nascidos (ou mesmo em fetos dentro da barriga da mãe) até mesmo em idosos. O que é diferente são as causas, a forma de apresentação e o tipo de epilepsia.
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👩🏻‍⚕️ As crises epiléticas podem ser totalmente controladas com medicamentos?
✅ Verdade. Estima-se que após o uso adequadamente escolhido de medicamentos anti-crise, até 70% dos pacientes fiquem totalmente controlados. Já os outros 30% são refratários, ou seja, o paciente continua a apresentar crises mesmo fazendo uso regular de medicamentos corretamente escolhidos. Nestes casos, outros tratamentos não medicamentosos são instituídos, mas isso também é assunto para um outro post!
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Dra. Rosiane Fontana

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Por Fabio Nunes 8 de fevereiro de 2023
Agora que já falamos sobre os tipos de epilepsia e tipos de crises, passamos ao terceiro nível que é a classificação da Síndrome Epiléptica. 🧠Uma síndrome epiléptica é conjunto de características que tendem a ocorrer em associação, tais como tipos de crises, tipo de alteração no EEG e na neuroimagem, idade de início, idade de remissão (em algumas), prognóstico, entre outros. 👉🏻 São exemplos de síndromes epilépticas: 🟣 Síndrome de West 🟣 Síndrome de Doose 🟣 Síndrome de Dravet 🟣 Epilepsia ausência da infância 👉🏻 Nos próximos posts vou explicar mais detalhadamente sobre cada uma delas, continuem acompanhando. ❗A classificação da síndrome epiléptica é fundamental para o correto tratamento! 🗣️ Lembrando que as Síndromes Epiléticas podem ser controladas com tratamento adequado. Desta forma, ao primeiro sinal de sintoma, o paciente deve procurar o neurologista para que possa ser feita a investigação adequada. Até a próxima! Dra. Rosiane Fontana
Por Fabio Nunes 8 de fevereiro de 2023
A classificação de 2017 da Liga Internacional Contra a Epilepsia, definiu 3 níveis diagnósticos. O primeiro é sobre a classificação do tipo de crise (já falamos sobre ele) .O segundo nível, e assunto deste post, é a classificação do tipo de epilepsia .O terceiro nível fala da classificação de síndrome epiléptica (próximo post) . 👉🏻 Vamos entender mais sobre eles? 🟣 A Epilepsia focal inclui distúrbios unifocais (um foco), multifocais (3 ou mais focos) ou envolvimento de um hemisfério. As crises podem ser de vários tipos (motoras e não motoras, com alteração da percepção do ambiente ou não). Seu diagnóstico é clínico, mas apoiado por um EEG interictal com descargas epileptiformes focais. 🟣 Na epilepsia generalizada os indivíduos podem apresentar vários tipos de crise, como crises mioclonais, ausências, atônicas, tônicas, tônico-clonicas e outras. Seu diagnóstico é baseado na apresentação clínica do paciente e na atividade epileptiforme generalizada no EEG. 🟣 Epilepsia focal e generalizada em conjunto Este grupo corresponde a uma terminologia introduzida pela nova classificação da ILAE e diz respeito a uma condição na qual um mesmo paciente apresenta ambas crises: focais e generalizadas. São geralmente diagnosticadas por VEEG, e podem acometer lactentes ou crianças com epilepsias graves. 🟣 Epilepsia "desconhecida" Por fim, em uma situação em que o médico não é capaz de categorizar as crises como focais ou generalizadas, principalmente num cenário de limitação de recursos, a epilepsia é classificada como desconhecida. 👩🏻‍⚕️ É importante destacar que o ponto inicial é a classificação do tipo de crise epiléptica, onde o médico já assumiu que o paciente tem epilepsia. Esta classificação é muito importante, pois tem implicações diretas no tratamento!
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